Como a Venezuela Resistiu aos EUA? Análise com Breno Altman | InfoDigit-PC

Como a Venezuela Resistiu aos EUA? Análise com Breno Altman | InfoDigit-PC

O Maior Erro Geopolítico dos EUA? Breno Altman e Scott Ritter Explicam a Incrível Resistência da Venezuela

Mapa geopolítico da Venezuela e suas alianças internacionais
Mapa geopolítico ilustra as alianças internacionais da Venezuela que frustraram a estratégia dos EUA. (Crédito: IA InfoDigit-PC)

Como é possível que um país, submetido a mais de 930 sanções económicas dos Estados Unidos – o regime de coerção mais brutal do século XXI –, não apenas evitasse o colapso total, mas começasse a dar sinais de uma recuperação económica inegável? Esta é a pergunta que a grande mídia se recusa a fazer e que o jornalista Breno Altman desvenda em sua análise magistral para o Opera Mundi.

A resposta, como revelam Altman e o ex-oficial de inteligência militar dos EUA, Scott Ritter, é um labirinto de estratégia geopolítica, erro de cálculo americano e resiliência nacional. Não é uma simples história de “bem contra o mal”, mas um caso de estudo complexo que redefine o poder global. Prepare-se para entender o jogo de xadrez que poucos viram acontecer.

Como a Venezuela Resistiu aos EUA: A Virada Geopolítica

A premissa era simples: estrangular economicamente a Venezuela até que o governo de Nicolás Maduro capitulasse ou fosse derrubado por uma revolta interna. Mas a estratégia falhou redondamente. Altman destaca que os EUA subestimaram completamente cinco fatores críticos, uma análise que Ritter corrobora do ponto de vista de inteligência militar.

1. O Trunfo Absoluto: O Petróleo. Sempre o Petróleo.

A Venezuela detém as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, superando até mesmo a Arábia Saudita. Esse não é apenas um dado econômico; é um trunfo geopolítico absoluto. Em um mundo multipolar, China, Índia e outros países ávidos por energia não podiam simplesmente ignorar essa riqueza. Sanções dos EUA? Eles simplesmente criaram mecanismos alternativos de comércio, pagamento e transporte, com a China e a Rússia atuando como peças-chave nessa contornação em larga escala. As sanções, paradoxalmente, aceleraram a desdolarização do comércio de energia.

2. Alianças Globais: O Multipolarismo em Ação

Os EUA esperavam isolar a Venezuela internacionalmente. O resultado foi exatamente o oposto. O governo Maduro, como explica Altman, consolidou alianças estratégicas com:

  • Rússia: Apoio militar, diplomático e investimentos energéticos.
  • China: Investimentos massivos em infraestrutura e compra garantida de petróleo, criando uma relação de mútuo benefício.
  • Irã: Cooperação técnica energética crucial para contornar o bloqueio tecnológico, incluindo o refinamento de petróleo.

Scott Ritter acrescenta que esta teia de alianças “transformou a Venezuela de um alvo isolado em um nó crítico numa rede de resistência anti-hegemónica global”. Os EUA, ao tentarem punir Caracas, na verdade, empurraram-na para os braços de seus principais rivais estratégicos.

3. Diversificação Económica: Para Além do Barril de Petróleo

Embora o petróleo seja central, a crise forçou uma diversificação dolorosa, porém vital. Altman destaca o crescimento de setores como:

  • Mineração: Exploração de ouro, diamantes e coltan.
  • Agricultura: Programas de incentivo à produção nacional de alimentos para reduzir a dependência de importações.

Esta não foi uma “recuperação milagrosa”, mas uma adaptação brutal e necessária a uma guerra económica.

4. A Falência da Oposição Interna Patrocinada pelos EUA

O projeto de mudança de regime dependia de uma oposição interna coesa e crível. O que aconteceu, porém, foi uma sucessão de líderes oposicionistas desacreditados, envolvidos em esquemas de corrupção e golpes fracassados (como a operação ridícula da Silvercorp em 2020). Ritter afirma que “a oposição venezuelana, ao se alinhar cegamente aos comandos de Washington, perdeu completamente sua legitimidade perante uma população que, apesar das dificuldades, não queria ser uma colónia norte-americana”. A tentativa de impor Juan Guaidó foi um fiasco geopolítico de proporções épicas.

5. O Custo Proibitivo da Invasão Militar

A opção militar sempre esteve sobre a mesa. Por que não foi usada? Altman e Ritter convergem na resposta: o custo seria catastrófico. A Venezuela possui uma força militar robusta, treinada e equipada, além de um terreno geográfico difícil. Uma invasão seria um conflito sangrento e prolongado, com repercussões imprevisíveis em toda a América Latina e no preço global do petróleo. O cálculo de custo-benefício, mesmo para os EUA, era simplesmente proibitivo.

5 RAZÕES INCRÍVEIS PELA VENEZUELA RESISTIU (E SE RECUPERA)

  1. O Ouro Negro: Maiores reservas de petróleo do mundo, um trunfo impossível de ignorar.
  2. Xeque-Mate Diplomático: Alianças estratégicas com Rússia, China e Irã quebraram o cerco internacional.
  3. Guerra Económica Interna: Diversificação forçada para mineração e agricultura reduziu a dependência externa.
  4. O Tiro pela Culatra: A oposição apoiada pelos EUA perdeu toda a credibilidade perante o povo.
  5. O Muro de Deterrença: Um exército forte e um terreno difícil tornaram a invasão uma jogada de risco inaceitável.

A Prova dos Factos: Os Números da Recuperação

A análise não é só teórica. É factual. Dados recentes da Reuters e da Bloomberg confirmam:

  • A produção de petróleo da Venezuela, que chegou a cair para menos de 400 mil barris por dia (bpd) em 2020, superou os 900 mil bpd no final de 2023 – um aumento de mais de 100% em três anos, impulsionado por novas licenças de exportação e investimentos externos.
  • A economia venezuelana registou um crescimento do PIB entre 5% e 8% em 2023, após anos de contração profunda.

Os dados econômicos provam: as sanções não conseguiram afundar o país. Pelo contrário, criaram um monstro de resiliência.

O QUE VOCÊ ACHA? A virada econômica da Venezuela é sustentável a longo prazo ou é apenas um respiro temporário? DEBATA NOS COMENTÁRIOS!

Conclusão: Uma Lição para o Mundo

A história da Venezuela sob sanções é um manual sobre os limites do poder dos EUA no século XXI. É a prova de que em um mundo multipolar, a coerção máxima é uma ferramenta cada vez mais cega e ineficaz. Breno Altman e Scott Ritter não nos mostram apenas como a Venezuela sobreviveu; eles nos mostram a mudança tectónica no palco global, onde o unilateralismo dá lugar a um jogo de alianças complexo e implacável.

Este conteúdo exclusivo é só um aperitivo. A geopolítica não para. Para entender as próximas jogadas dos EUA, da Rússia e da China diretamente no seu email…

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